KINO (PENTAGON), desembarcou no Brasil para a turnê "I Think I Think Too Much" e compartilhou detalhes sobre sua evolução musical, inspirações e colaborações. Na entrevista, ele falou sobre moda, desafios artísticos, sonhos de atuação e a conexão especial com os fãs brasileiros. Confira!
Após quase uma década no K-pop, KINO, membro do PENTAGON, atravessa uma nova fase em sua carreira. Com a turnê solo I Think I Think Too Much, o cantor e compositor sul-coreano retorna ao Brasil com grandes expectativas e uma conexão única com os fãs. Entre momentos de descontração e reflexões profundas, ele compartilhou sua evolução como artista solo, os desafios de se reinventar na música, colaborações inesperadas e até seu desejo de explorar a atuação. Confira a entrevista completa!
Seu trabalho solo tem uma identidade artística muito distinta em comparação ao que você faz no PENTAGON. Como você descreveria sua evolução musical e qual a mensagem que deseja transmitir aos seus fãs por meio da sua música?
KINO:Como artista solo, tenho a oportunidade de mostrar um lado mais pessoal e íntimo meu. No grupo, abordávamos temas mais variados, mas, agora, com meu trabalho solo, consigo falar mais sobre minha vida e meus sentimentos. Criar músicas com as quais as pessoas possam se identificar se tornou uma prioridade para mim nessa nova fase.
Você sempre foi reconhecido por sua versatilidade como cantor, dançarino e compositor. Existe algum desafio artístico que deseja explorar no futuro?
KINO: Quero atuar.
A moda sempre esteve presente na sua identidade artística. Como você escolhe os visuais de cada fase da sua carreira?
KINO:Para mim, a moda é essencial, pois é o primeiro contato visual que as pessoas têm com um artista. Escolher as roupas e o conceito de cada fase é um processo muito importante para expressar os sentimentos e a atmosfera que quero transmitir com cada álbum. Dou muita atenção a isso, pois acredito que a imagem complementa a mensagem da minha música.
Qual é o seu hobby e o que gosta de fazer no tempo livre?
KINO:Quando estou na Coreia, eu durmo. (risos) Mas quando estou em turnê, gosto muito de conhecer lugares famosos. Por exemplo, quando fui ao Texas, experimentei um churrasco muito famoso por lá. Vocês têm alguma recomendação?
(Os entrevistadores sugerem pratos típicos brasileiros, como churrasco, caipirinha, pão de queijo e cuscuz.)
Qual lugar do mundo você tem mais vontade de visitar?
KINO:Quero muito ir à Antártida para ver os pinguins! (risos)
Se pudesse levar algo do Brasil com você, o que seria?
KINO: Comi uma carne aqui no Brasil que foi inesquecível! Queria muito a receita dela. (risos)
Qual é o seu cantor favorito?
KINO:Essa é difícil... Mas acho que diria Justin Bieber. Ele é um artista que acompanho há muito tempo e que me influencia bastante.
Você conhece alguma palavra em português?
KINO: “Tá certo” e “te amo.”
Você participa ativamente da produção e composição das suas músicas. Como é o seu processo criativo?
KINO:Isso varia bastante. Normalmente, começo pela melodia, depois escrevo a letra e, só então, continuo o processo. Mas, ultimamente, tenho priorizado expressar meus sentimentos nas músicas, então, muitas vezes, começo pela letra.
Muitos fãs elogiam sua habilidade como performer. Qual é o maior desafio para equilibrar canto, dança e produção musical?
KINO: Para mim, o maior desafio sempre foi a administração do tempo. Desde pequeno, precisei me dedicar muito para desenvolver cada uma dessas habilidades, e dividir meu tempo entre todas elas continua sendo um grande desafio.
Quais foram suas inspirações para o EP If This Is Love, I Want a Refund?
KINO:Esse EP foi inspirado em diversas histórias. Ao longo da vida, conhecemos muitas pessoas e escutamos experiências únicas. Então, reuni histórias minhas, de amigos, momentos que os fãs compartilharam comigo e até cenas que presenciei. Tudo isso se transformou nesse projeto.
A cantora Lay Bankz fez uma participação especial em Broke My Heart. Como surgiu essa colaboração e como foi trabalhar com ela?
KINO: Eu estava procurando uma rapper que combinasse com a vibe da música e acabei encontrando a Lay Bankz por meio de um recurso do Spotify. Assim que ouvi, tive certeza de que ela era a escolha certa e enviei um e-mail propondo a colaboração. Felizmente, ela aceitou. Na época, eu tinha um compromisso em Nova York e aproveitei a oportunidade para ir até a Filadélfia gravar a música e o clipe com ela. Foi uma experiência incrível.
Você estreou há quase 10 anos, em 2016. O que sente que mudou na cena do K-pop nesse tempo?
KINO:Os "dance challenges"viraram uma grande tendência! (risos) Mas, além disso, acredito que a maior mudança foi a força das redes sociais, que passaram a conectar fãs do mundo todo. Hoje, é muito mais fácil me comunicar com fãs brasileiros, por exemplo, mesmo estando do outro lado do mundo. Esse crescimento das redes sociais ajudou o K-pop a se tornar um fenômeno global.
No ano passado, você participou da música Tape 2: Slide com Ted Park e o produtor italiano Fudasca. A faixa usa um sample do canto de torcida “Chama o SAMU” do time de futebol brasileiro Vitória. Como surgiu essa ideia? Você sabia o significado da expressão?
KINO: Sim, eu sei o que significa! A energia dessa música é muito contagiante. (risos) Descobri que era um canto de torcida brasileira bem antes do lançamento. Quando recebi a faixa, percebi que tinha uma vibe muito animada e cheia de paixão. Aliás, tem uma história engraçada sobre isso… Eu tentei gravar um TikTok com a música, mas a pronúncia era bem difícil! Procurei alguém que falasse português para me ajudar, mas ninguém sabia. Então, tentei anotar a pronúncia, mas mesmo assim não acertei. (risos) Agora quero aprender direitinho. Alguém sabe cantar? (ninguém sabia). Então, fica para a próxima! (risos)
Você pode nos contar um pouco mais sobre Everglow? Qual foi a mensagem que quis transmitir nessa música?
KINO:Essa música nasceu de um momento em que meu coração estava muito triste e magoado. A mensagem que quis transmitir é a de que tudo passa. Esse conceito é muito forte na Coreia, como um bumerangue que vai e volta. Existe até uma expressão que diz que o amor é como um bumerangue. (KINO imita o movimento de jogar um bumerangue). É isso queEverglowrepresenta.
Você faz parte de muitas trends do TikTok. Tem alguma sugestão para os fãs criarem conteúdo relacionado ao seu show ou às suas músicas?
KINO: Recentemente, lancei Skyfall, que tem um som de piano bem calmo e emocionante. Acho que seria incrível se os fãs fizessem vídeos no estilo POV (ponto de vista) contando histórias que combinem com a música. Por exemplo, um vídeo da chuva com a legenda: “Minha mãe disse que não ia chover hoje.” (risos)
Fale um pouco sobre as suas expectativas para o show e deixe uma mensagem para os fãs.
KINO:Falta só um dia! Esse show é a última parada da turnêI Think I Think Too Much, que passou pelos Estados Unidos e agora está na América Latina. Sempre que me perguntavam qual foi o melhor show que fiz, eu escolhia o Brasil. Ainda lembro da energia e do calor dos fãs brasileiros – eu suava sem parar! (risos) Essa é uma memória muito especial para mim. Depois de cinco anos, estou feliz por estar de volta e ansioso para reencontrar os fãs brasileiros. Vou dar o meu melhor e espero que essa apresentação seja ainda mais especial. Vou fazer o melhor show de 2025 para vocês!
O KoME gostaria de agradecer aoKINO, ao intérprete Samuel Eliasafe, à Hit Media e à Gig Music pelo convite para a coletiva.